Wednesday, June 6, 2007

Sandro Botticelli

Alessandro di Mariano Filipepi, mais conhecido por Sandro Botticelli nasceu em Florença na popular rione de Ognissanti, a 1 de Março de 1445 e faleceu a 17 de Maio de 1510.
Aprendeu inicialmente ourivesaria e depois foi aprendiz de Andrea del Verrocchio entre 1467 e 1470 (época em que com ele estudava Leonardo da Vinci) .
Em 1470, abriu o seu próprio estúdio. Nesse ano, foi encarregado de pintar o quadro "A Coragem", que seria pendurado no Tribunal do Palácio do Mercado.

A Coragem
c.1470
Têmpera s/ madeira
167×87 cm
Uffizi, Florença

Uffizi, FlorenceDedicou boa parte da carreira às grandes famílias florentinas, especialmente os Médici, para os quais pintou retratos. Entre os quais:
-"Retrato de Giuliano de Medici" (1475 – 1476, Galeria Nacional de Arte, Washington, D.C.);
- "A adoração dos Magos" (1476 – 1477, Galeria Uffizi, Florença). O último rendeu-lhe a admiração e atenção da família Médici, que o colocou sob sua protecção e patronato.
Em 1472 ingressou na Companhia de São Lucas, uma fraternidade dedicada à caridade gerida por artistas. No ano seguinte, Botticelli foi chamado a Pisa, para pintar um fresco na catedral da cidade (obra essa, perdida pelo desgaste do tempo).

A Adoração dos Magos
c.1475
Têmpera s/ madeira
70,2×104,2 cm
Galleria gegli Uffizi, Florença

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/2c/Sandro_Botticelli_009.jpg

Em 1481 esteve em Roma, para participar dos trabalhos na Capela Sistina, onde pintou os frescos "As Provações de Moisés"; "O Castigo dos Rebeldes" e "A Tentação de Cristo".

O Nascimento de Vénus
c. 1480
Têmpera s/ tela
172,5×278,5 cm
Galleria degli Uffizi, Florença

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f2/Sandro_Botticelli_046.jpg

Nesta obra, a deusa clássica Vênus emerge das águas em uma concha, sendo empurrada para a margem pelos Ventos D'oeste, símbolos das paixões espirituais, e recebendo, de uma Hora (as Horas eram as deusas das estações), uma manto bordado de flores. Alguns especialistas argumentam que a deusa nua não representaria a paixão terrena, carnal, e sim a paixão espiritual. Apresenta-se de forma similar a antigas estátuas de mármore, esguia e com longos membros e traços harmoniosos.

A sua arte foi influenciada por artistas importantes, como Fra Filippo Lippi e Antonio Pollaiuolo. Participou nos círculos intelectuais e artísticos da corte de Lourenço de Médici, recebendo a influência do neoplatonismo cristão lá presente, o qual pretendeu conciliar com as ideias clássicas.
Tal síntese expressa-se em "A Primavera" (1477) e "O Nascimento de Vénus" (1483), ambas realizadas sob encomenda para enfeitar uma residência dos Médici em Florença, na Itália. Até hoje não há consenso na interpretação dessas pinturas, embora se creia que Vénus pode ser vista como símbolo do amor tão cristão como pagão.

A Primavera
c. 1482
203×314 cm
Têmpera em madeira
Galleria degli Uffizi, Florença

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a2/Botticelli_Primavera.jpg

Esta obra foi encomendada por Médice para sua residência de verão, representa em seu centro Flora, a deusa romana da primavera. À sua esquerda está Clóris, a mesma deusa, só que desta vez dentre os gregos; além de Zéfiro, o vento do oeste, que se casou com Flora. Flora está ornamentada com vestimentas gloriosas típicas de mulheres casadas da época. Vale notar a semelhança dos rostos de Vênus, Palas Atenas e Primavera.

Nesta linha pagã, destacam-se também a série de quatro quadros Nastagio, Degli, Onesti (que se encontram no Museu do Prado, Madrid), produzidos em 1483, nos quais o artista recria uma das histórias do Decameron, de Boccaccio. Também pintou diversos quadros de temática religiosa, como "A Virgem Escrevendo O Magnificat]]" (1485); "A Virgem de Granada" (1487) e; "A Coroação da Virgem" (1490), todas expostas na Galeria Uffizi, e "Virgem com o Menino e Dois Santos" (1485), exposta no Staatliche Museen, em Berlim.

A Virgem Escrevendo “O Magnificat”
c. 1480-81
118×118 cm
Têmpera s/ madeira
Uffizi, Florença

Na temática religiosa destacam-se também: "São Sebastião" (1473 –1474, Staatliche Museen) e um fresco sobre Santo Agostinho (1480, Ognissanti, Florença).
Na década de 1490, quando os Médici foram expulsos de Florença, Botticelli passou por uma crise religiosa e tornou-se discípulo do monge beneditino Girolamo Savonarola, que pregava a austeridade e a reforma, mas Botticelli jamais deixou Florença.
Nessa nova fase destacam-se: "Pietà" (princípios da década de 1490, Museu Poldi Pezzoli, Milão); "A Natividade Mística" (década de 1490, National Gallery, Londres) e; "A Crucificação Mística" (c. 1496, Fogg Art Museum, Cambridge, Massachusetts, Estados Unidos). Todos expressam intensa devoção religiosa e representam certo retrocesso no desenvolvimento de seu estilo.
A sua vida foi considerada tão singular que foi narrada na obra Vitæ ("As Vidas dos Artistas"), de Giorgio Vasari.


Botticelli morreu em Florença em 17 de maio de 1510, quando triunfava na Itália a estética do alto Renascimento, a que suas últimas obras não foram alheias, pois várias delas mostram um alargamento de escala e uma imponência típicos da nova fase.

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Monday, April 23, 2007

A arte na idade média: O Românico e o Gótico

O GÓTICO
O Estilo Gótico designa uma fase da história da arte ocidental, identificável por características muito próprias de contexto social, político e religioso em conjugação com valores estéticos e filosóficos e que surge como resposta à austeridade do estilo românico.Este movimento cultural e artístico desenvolve-se durante a Idade Média.









Vista da Catedral de Colónia,na Colónia, Alemanha







Interior da Catedral de Colónia em Colónia, Alemanha.

Os primeiros passos são dados a meados do século XII em França no campo da arquitectura (mais especificamente na construção de catedrais) e, acabando por abranger outras disciplinas estéticas, estende-se pela Europa até ao início do século XVI, já não apresentando então uma uniformidade geográfica.A arquitectura, em comunhão com a religião, vai formar o eixo de maior relevo deste movimento e vai cunhar profundamente todo o desenvolvimento estético.

h://pt.wikipedia.org/wiki/Estilo_g%C3%B3tico ttp


O Românico

Arte românica é o nome dado ao estilo artístico vigente na Europa entre os séculos XI e XIII. O estilo é visto principalmente nas igrejas católicas construídas após a expansão do cristianismo pela Europa e foi o primeiro depois da queda do Império Romano a apresentar características comuns em várias regiões. Até então a arte tinha se fragmentado em vários estilos e o românico
é o primeiro a trazer uma unidade nesse panorama .

Aqueduto de Santa Clara

http://pt.wikipedia.org/wiki/Aqueduto_de_Santa_Clara

Monday, December 11, 2006

Imperador Romano Tibério



O Imperador Romano Tibério

Tibério Cláudio Nero César,foi imperador romano de 14 até à sua morte. Foi o segundo imperador de Roma pertencente à dinastia Julio-Claudiana, sucedendo ao padrasto César Augusto.


Tibério pertencia à família Claudii da aristocracia romana e era filho de Tiberius Claudius Nero e de Livia Drusilla, sendo irmão de Druso.


A sua mãe separou-se do pai enquanto ele e o irmão eram bastante jovens, para casar com o imperador Augusto. Subsequentemente, Augusto adoptou-o como filho e, apesar de algumas hesitações, nomeou-o sucessor.



Estátua de Tibério
http://www.homolaicus.com/storia/antica/roma/images/tiberio.jpg


À medida que foi crescendo, Augusto confiou-lhe tarefas de maior responsabilidade, até que se tornou no general supremo das legiões estacionadas na Germânia Inferior, um dos postos mais importantes do império.


Em 12 a.C., Tibério é obrigado a divorciar-se da sua mulher Vipsânia para casar com a herdeira de Augusto, Júlia Cesaris. Uma vez que Tibério gostava bastante da primeira mulher, este casamento esteve condenado ao fracasso desde o início.


Talvez por este motivo, a relação com o padrasto e agora sogro esfriou e Augusto passou a preferir Germânico, um dos sobrinhos de Tibério. Numa manobra calculada, Tibério exilou-se em Rhodes, sob o pretexto de querer estudar retórica.





Busto do Imperador Tibério emterracota
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Tiberius_terracotta_bust.jpg





Bibliografia:

Verbo Enciclopédia Luso-Brasileira da cultura;vol.18
Diciopédia 2005,Porto Editora
Dicionário da Mitologia Grega e Romana,Gramal Pierre,Difel 2ªEdição


Monday, December 4, 2006

Deus Marte



Marte, filho de Zeus e Juno,era o deus romano da guerra, equivalente ao grego Ares. O povo romano considerava-se descendente daquele deus pelo fato de Rómulo ser filho de Réia Silvia ou Ília, princesa de Alba Longa, e Marte.

Filho de Juno e de Júpiter, era considerado o deus da guerra sangrenta, ao contrário de sua irmã Minerva, que representa a guerra justa e diplomática.

Os dois irmãos tinham uma rixa, que acabou culminando no frente-a-frente de ambos, na frente das muralhas de Tróia, a qual Marte se saiu perdedor.

Marte, apesar de bárbaro e cruel, tinha o amor da deusa Vénus, e com ela teve um filho, Cupido e uma filha mortal, Harmonia.


História de amor de Marte

Vénus e Marte, pintura de Sandro Botticeli.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Venus_and_Mars.jpg


A paixão também é a marca deste Deus.Marte viveu a história de amor mais intensa de toda a mitologia,um amor trágico,com a maravilhosa Vénus.
Casou-se Vênus contra sua vontade, ela que já se apaixonara pelo jovem e valente Marte.


Estes se encontravam constantemente até que o Sol, Apolo, o deus que tudo via, contou a Vulcano que sua mulher o traía.



Este confeccionou uma rede de ouro invisível e armou uma armadilha para os amantes.



Quando foram consumar mais uma vez o adultério, Vénus e Marte ficaram aprisionados ao leito e Vulcano trouxe todos os deuses para observar a vergonha da Vênus.


Estátua de Marte

http://www.geocities.com/alspoli/marte2.jpg

Ao serem libertados, Vénus esperava que Marte assumisse o seu amor e mesmo expulsos do Olimpo fossem vagar pelos cantos da terra juntos. Porém Marte frustou a deusa abandonando-a. Vênus, a deusa do Amor, transformando seu amor em ódio, rogou uma praga para que Marte se apaixonasse por todas mulheres que visse, tornando-se assim um deus constantemente apaixonado e agressivo, que tomava as mulheres a força quando estas não cediam à sua sedução. A primeira mulher que encontrou e se apaixonou foi Aurora esposa de Astreu.


Encontramos neste mito o Arquétipo do masculino e do feminino. A mulher sempre desejando ser amada mesmo diante de situações mais difíceis, enquanto o homem não consegue assumir o amor que sente, procurando afogar suas paixões se entregando a outras.

Imagem do Deus Marte(Ares) da Villa Hadriana

http://en.wikipedia.org/wiki/Image:Ares_villa_Hadriana.jpg





Durante o período belo deste amor, nasceram Harmonia e Cupido, Eros, que acompanhavam a Vênus, e no período mais tumultuado desta paixão nasceram Deimos, o Terror e Fobos, o Medo, que acompanhavam Marte em suas batalhas, chegando sempre a sua frente e espalhando pânico entre os moradores das cidades.








Bibliografia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Marte_(mitologia)i
http://www.casalperfeito.com.br/mitologi.htm

Verbo Enciclopédia Luso-Brasileira da Cultura;vol.12

Dicionário da Mitologia Grega e Romana,Gramal Pierre,Difel 2ªEdição

Diciopédia 2005,Porto Editora